A idéia aqui é semanalmente postar uma Playlist de 10 a 15 músicas para diversas situações ou lugares da vida. Tanto as músicas como a sequência são parte fundamental dessas Playlists. Essas são as Rock´n´lists. Seus comentários sobre as Rock´n´lists ou mesmo sugestões sobre novas situações são os que darão vida a este blog. Enjoy!

sábado, 26 de março de 2011

Relaxar ao Lado da Piscina com Coca-Cola bem Gelada

Depois de muita curtição e bebida ao longo da noite toda e um sono bem agitado como é de praxe, nada como uma Coca-Cola 600 ml com muito gelo e uma espreguiçadeira (na sombra, claro) ao lado da piscina para colocar o cérebro no "off". Para acompanhar o momento de relax, uma Rock´n´list bem calma, com muito groove. Bem diferente das anteriores, mas espero que curtam!


Vamos ao Groove´n´List:
1. Maxwell - Sumthin´ Sumthin´
2. Galactic - Change My Ways (Part I & II)
3. Down to the Bone - Supercharged
4. Greyboy Allstars - A Town Called Earth
5. Pata de Elefante - Diga-me Com Quem Andas Que Te Direi Se Vou Junto
6. The Brand New Heavies - Mind Trips
7. Incognito - One Hundred and Rising
8. Brooklyn Funk Essentials - The Creator Has a Master Plan
9. Groove Collective - Up All Night
10. Buckshot LeFonque - James Brown
11. Fun Lovin´Criminals - Scooby Snacks
12. Freakpower - Husband

A lista começa com o soul com muito ritmo do Maxwell. Sua voz e o baixo desta música, levantam defunto! Uma delícia! Relaxante e totalmente de acordo com a beira da piscina num dia de sol. O disco Urban Hang Suite todo vale ser ouvido de cabo a rabo; som de altíssima qualidade. Os primeiros goles da Coca-Cola bem gelada descem muuuuito redondos. Em seguida, uma de minhas mais gratificantes descobertas: Galactic. Esta é uma banda de New Orleans que usa as raízes dessa cidade para dar um ar distintivo ao seu acid-jazz. Qualquer disco desses caras é fantástico. Há também um CD do Stanton Moore (o baterista) que é muito cheio de grooves e de coisas bem diferentes. Um parênteses: já foram para New Orleans? Vale muito a pena! É um lugar que respira música 25 horas por dia; todo o tipo de som (menos sertanejo, axé e samba!!!). Caminhar pela Bourbon Street é uma experiência única, inesquecível e mandatória para qualquer amante da música. Fechando parênteses, mais alguns goles de Coca e sinto que meu corpo agradece satisfeito. O som do Down to the Bone chega a ser sofisticado. Uma guitarra deliciosa e a redefinição do que chamamos de groove. Bastante na mesma praia, vem o Greyboy. Assisti um show deles ao vivo e foi ainda melhor do que os CDs que tenho. Acho que já me sinto melhor e arrisco um mergulho. Refrescante e rejuvenecedor (hahaha)! Na mesma linha de acid-jazz, uma banda nacional muito interessante: Pata de Elefante. Notem a qualidade do som e da gravação. Gostaria de conhecer mais bandas assim em nosso país; aceito sugestões de vocês! Mais gelo na Coca para entrar na etapa mais clássica dessa Playlist. Começamos com The Brand New Heavies, que nessa música ainda contava com os vocais fabulosos da Ndea Davenport. Sempre que ouço esta música, me lembro de Aruba e de suas praias ... Mind Trips. Incognito e seu carismático Bluey chegam com outro CD clássico 100 and Rising. Isso é o que eu chamo de uma vibe altíssimo astral. O pessoal do Brooklyn FE não deixam a bola cair e mantém não só o ritmo como o astral. Tchibum! Mais um mergulho e vários goles de Coca para baixar a temperatura e trazer a vida de volta aos poucos. O Groove Collective começa a fase mais hip hop. Um hip hop de altíssima qualidade com o Buckshot (do Branford Marsalis, saxofonista e irmão menos famoso do trompetista de jazz Winton Marsalis) e o Fun Lovin´ Criminals. Essa música deles fez parte da trilha de um dos melhores filmes de todos os tempos: Pulp Fiction. Agora, já com todos os sentidos e órgãos funcionando perfeitamente, vamos para aquela que é uma das bandas mais geniais que já ouvi: Freakpower. É isso aí mesmo!!! Essa é a banda anterior do tão famoso e quase cidadão copacabano, Fat Boy Slim (nessa época, ainda era conhecido como Norman Cook). Existem dois CDs excelentes! O segundo, para mim é simplesmente genial: More of Everything ... For Everybody. Entendo que está fora de catálogo mas vale procurar. Quanto soul, quanto groove, quanta criatividade!!! Que bela maneira de começar o dia. Agora, estou pronto para outra: uma cerveja gelada agora vai descer redondo.

Imagino que haja muita coisa nova nessa lista (e com os links para que ouçam as novidades) mas garanto que são músicas de altíssima qualidade e que todo amante do bom e velho Rock´n´roll provavelmente vai gostar. O que acharam? Vale a pena algumas listas destas intercaladas com os Rocks clássicos? Gostaram? Escrevam!!!

Abraços a todos

domingo, 20 de março de 2011

Tomar um Chopp com Amigos numa Tarde de Sábado

Poucas coisas são mais divertidas do que sentar numa mesa de bar, tomar uns chopps, contar umas mentiras e morrer de rir com as histórias dos amigos. O importante é a curtição com os amigos e não a veracidade exata dos fatos pois aqui não estamos escrevendo um livro mas sim dando boas risadas, concordam? Pensando em deixar o evento ainda mais interessante, criei uma Rock´n´list para acompanhar. Nenhuma música muito complicada, pois senão não teremos conversas. Algumas coisas novas para apimentar o debate.


Vamos a ela, então:
1. Lynyrd Skynyrd - Sweet Home Alabama
2. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way
3. The Black Crowes - Remedy
4. Bad Company - Feel Like Makin´ Love
5. Them Crooked Vultures - No One Loves Me & Neither Do I
6. Steely Dan - Do It Again
7. Wolfmother - Colossal
8. BB Chung King and the Buddaheads - Company Graveyard
9. Bob Seger - Hollywood Nights
10. Kiss - I Love It Loud
11. David Lee Roth - Goin´ Crazy!

Iniciamos com um chopp com 3 dedos de colarinho; como manda o figurino! Para acompanhar, o bom e velho amendoim (com casca que é para poder rir da cara dos amigos quando ela gruda nos dentes e o cara fica banguelo com uma puta cara de bobo). Tão clássico quanto a pedida, vamos de Lynyrd Skynyrd. Um som que antes de mais nada é muito divertido e cheio de atitude. Desce redondo com o primeiro copo de chopp, que na minha opinião fica mais gostoso naquelas "calderetas". Um som bastante mais novo que esse porém já um clássico, é o Lenny Kravitz. Som dos anos 70 com tudo o que os anos 90 podiam dar. As discussões passam pela sua habilidade de multi-instrumentista e pela participação do Slash que faz quase tantas participações quanto o Andreas do Sepultura. Mantendo a mesma linha, os irmãos Robinson também sempre fizeram um sonzaço com pegada e atitude setentista nos anos 90. Quando os ouvi pela primeira vez, ouvi Remedy e não sabia o que dizer. Que som! As conversas porém passam pelo poder embelezador da música (e do futebol também). Alguém acha que o Chris Robinson teria alguma chance com a Kate Hudson se fosse um mortal qualquer? E o pior de tudo é que quando estiveram juntos ele estava ainda pior: usava uma barba enorme! Desce mais uma rodada pois agora vamos de Bad Company. Que "balls" teve o Paul rodgers para "substituir" o Freddie Mercury (com haspas mesmo, pois o Freddie é INsubstituível!!!)! Outro ponto: as linhas de guitarra desta música são realmente muito atuais (e esta música é de 1975); se não fosse dito, tenho certeza de que muita gente apostaria que esta é uma música atual. Hora de pedir algo mais para comer: croquete de mortadela (quem nunca experimentou, digo que vale muito a pena, principalmente com um limão). Alguém também conhece o Them Crooked Vultures? É uma banda ou projeto, formado pelo Dave Grohl na bateria, o John Paul Jones no baixo e o Josh Homme na guitarra (este, o guitarrista do QOAS). Uma mistura inusitada e muito legal foi a opinião de todos. Por outro lado, falaram que a guitarra do Homme é como coentro, aonde é colocado dá um gosto forte e característico e portanto há que se temperar com cuidado para não tirar o gosto dos demais ingredientes da comida. Na música do Steely Dan tem que se prestar atenção na guitarra. Muito legal! Aparece em alguns momentos da música apenas como um toque realmente especial. O dia que me dei conta disso, era como se a Do It Again tivesse sido reapresentada para mim. Muito legal de novo! Chopp paulista e carioca intercalados (chopp claro com espuma escura e chopp escuro com espuma clara) e uns bolinhos de arroz. Já no início da próxima música, muitos acreditam que é algo inédito do Sabbath, mas não. São 3 moleques da Austrália chamados Wolfmother. Puta som! Quanto peso! E são só 3 caras (o guitarrista faz o vocal e o baixista toca teclado como um louco; um Keith Emerson dos anos 2000; vale conferir a performance ao vivo). A próxima banda, foi uma descoberta ao revirar a internet. Um som que eu classificaria como blues-rock. O BB Chung King é descendente de orientais, o que nã condiz com sua voz, mas o que realmente chama a atenção é a sua musicalidade e sua guitarra. Todos ficaram de boca aberta com esses californianos. Som de altíssimo nível que eu recomendo a todos. Caldinho de feijão para rebater e com a chegada da noite, Hollywood Nights. Gosto muito da maneira como ele canta essa música, com muita vontade. Uma música simples mas com muita energia; alto astral, assim como nossa mesa no bar. O bumbo e a caixa do Kiss nos levaram para os anos 80 e o sonho do show no Morumbi que, por não ter idade suficiente e por um monte de bobagens de um país que não estava acostumado e ter shows de rock, não pude curtir (lembram-se de que diziam que eles matavam pintinhos no palco?). Outra época, outro mundo. Mesmo depois de tantos chopps e um caldinho de feijão, as discussões musicais ainda estão de altíssimo nível. Assim, pedimos a saideira ao som de Goin´ Crazy! do DLR. Essa música foi uma grande surpresa quando foi lançada em 1986 (quase no mesmo momento em que o 5150 foi lançado). Acabado de sair do Van Halen, ele agora somava-se a alguns estagiários no mundo musical (hahaha): Steve Vai, Billy Sheehan e Gregg Bissonette. Não poderia ter se saído melhor! Isso sem falar no diálogo dele com o Vai na Yankee Rose; impagável. Impagável também foi a conta, mas valeu a pena.
Pedimos um taxi e fomos para casa. Muito divertido, como sempre.
Espero que tenham gostado também da Rock´n´list e das novidades. Nos vemos na semana que vem!

domingo, 13 de março de 2011

Ser um Rockstar no Chuveiro

Todos os amantes do bom e velho rock´n´roll sempre tem o sonho de ser um grande rockstar, principalmente quando se pega cantando a todos os pulmões uma grande música ou mesmo dedilhando solos de guitarra no ar ou destruindo bateriais imaginárias. Que outro lugar pode ser mais interessante para compor o palco do que o chuveiro? De posse de uma escova de cabelo, que funciona como microfone, começamos o nosso grande show de rock.


O setlist proposto:

1. Sepultura - Territory
2. Whitesnake - Give Me All Your Love
3. Deep Purple - Smoke on the Water
4. Led Zeppelin - Kashmir
5. David Coverdale - Last Note of Freedom
6. Ozzy Osbourne - Crazy Train
7. AC/DC - Jailbreak
8. Def Leppard - Animal
9. Aerosmith - Dream On
10. Iron Maiden - The Number of the Beast
11. Van Halen - Why Can´t This Be Love
12. the Doors - Light My Fire
13. Elvis Presley - A Little Less Conversation

Antes de mais nada, não quero que me chamem de anti-ecológico, assim que muitas vezes o chuveiro ficou desligado ao longo das performances. Na verdade, ele foi usado muito como os flashlights do palco. Entrando no palco, começo minha primeira música como baterista (dedos indicadores em riste e lá vamos nós). A introdução do Igor Cavalera em Territory é muito boa: pegada, ritmo e técnica. Um grande baterista que, na minha opninião, junto com o Max davam o espírito do Sepultura. Para mim, a sujeira do Max fazia a diferença e com a sua saída, a banda nunca mais foi a mesma. Gritar "war for territory" logo na primeira música, exorcisa seus demonios mas destrói a sua garganta. Aí vem o Whitesnake: Coverdale e John Sykes mandaram muito bem mas hoje, eu vou de vocal e também toco os solos do Sykes, deixando que ele me suporte com os riffs da base (hahaha). Outro grande vocalista de rock, assim como o Coverdale, o Gillan me chama ao palco para compartilhar os vocais de Smoke on the Water (mas não sem antes passar pelos instrumentos durante a introdução). Fizemos um belo dueto em "smooooooooke on the waaateeer" e bangeamos ao som do riff fantástico do Blackmore (tan tan tan ... tan tan tanan ... tan tan tan ... tan taaaaaan). Outra lenda vocal do rock sobe ao palco para dividirmos Kashmir. O Plant foi simplesmente impressionante! Mais uma vez, os riffs do Page são tão fantásticos como os vocais do Plant e por isso, enquanto canto, vou mandando ver na air guitar para fazer a base de Kashmir. Quando o Coverdale volta ao palco, agora como solo, eu fico apenas contemplando seu vocal, mas na hora em que ele canta sozinho, é impossível não soltar a voz: " ... I know the suffering will end, my friend. When the last note of freedom is rung throughout the land ...". O eco do banheiro contribui para o clima do show e acho que estou mandando benzásso! Depois do momento: maiores vocalistas do rock, vamos a atitude mais rock´n´roll que conheci com o grito de " All aboard !!!". Eu li o livro Eu Sou Ozzy e o cara é muito mais maluco do que eu pensava. Essa música, prima pelos riffs do inesquecível Randy Rhoads. Um músico espetacular e, segundo o livro, uma pessoa incrível. Por isso, nesta etapa do show, prefiro dobrar a guitarra do RR. Chego a tocar de joelhos o solo de Crazy Train. E já que estamos no período "atiitude" do show, nada melhor que AC/DC. Impossível não bangear a cabeça como o Angus ao longo da música (e aqui, atenção: atitude muito perigosa! garanta que seus pés não têm sabão, senão ... hahahaha). Outro som muito legal: Def Leppard. Atitude? Está na letra: " ... I need your touch, don´t need your love ...". Outro exemplo de atitude? Rick Allen. O baterista que, mesmo após perder seu braço, reinventa sua forma de tocar e volta aos palcos com sua banda! Rock´n´roll! E por falar em ressurgir das cinzas, o Aerosmith é um especialista no assunto. Aqui, peço para que o Steve Tyler suba ao palco para compartilharmos Dream On. Fiquei maluco com essa música quando ouvi ao vivo o grito no final da música no show do Morumbi de uns 15 anos atrás. Quase derrubou uma parte da arquibancada! Six ... six, six ... the number of the beast. E lá vamos nós de Iron Maiden. Dispensa adjetivos. Para mim, muito divertido. Resolvi, por mais que eles nunca tenham usado isso, fazer um moicano com o shampoo para melhorar o estilo. Os teclados do Van Halen, anunciam a nova música. Confesso que, como grande fã da banda, fiquei preocupado com o que viria por aí sem o DLR. Em resumo, adorei! Essa foi a primeira música que ouvi do 5150 e adorei essa nova banda. Altíssimo astral nesse momento do show. Já estamos nos encaminhando para o final, assim que vamos com as duas últimas músicas clássicas. Arranco com o eterno Jim Morrison e a eterna Light My Fire e encerro o show com o Rei do Rock, Elvis Presley. Todo mundo sempre gosta de fazer o vozeirão dele (e todos achamos que estamos iguaizinhos). De alma lavada literalmente, termino a minha apresentação. Um pouco de bateria, algo de guitarra e muito vocal.

Saio do banheiro pronto para a sessão de autógrafos mas acho que os seguranças devem ter barrado os fãs pois não há ninguém por aqui. Espero que tenham gostado do show pois eu me diverti muito!

See ya!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Curtir o Camarote da Brahma na Sapucaí

Todo mundo já viu na televisão a quantidade de gente bonita nesses camarotes do Rio de Janeiro no Carnaval. Se você desliga o som da TV, dá vontade de estar alí: cerveja de graça e chicks for free. Nada de ziriguidum nem de telecoteco. Baseado nessa idéia, vamos para a Sapucaí de iPod (que com a bateria carregada nos dá mais de 4 horas de diversão sem samba) com a Rock´n´list preparada.


Vamos a ela (agora com um link para escutar cada música online):
1. Jane´s Addiction - Been Caught Steeling
2. Infectious Grooves - Stop Funk´n With My Head
3. Red Hot Chili Peppers - Give It Away
4. Faith No More - Falling to Pieces
5. Living Colour - Glamour Boys
6. AC/DC - You Shook Me All Night Long
7. Kiss - Rock´n´roll All Nite
8. ZZ Top - Sharp Dressed Man
9. Rush - YYZ
10. Billy Idol - Dancing With Myself
11. Iggy Pop e Kate Pearson - Candy
12. Prince - Kiss
13. Eddy Grant - Electric Avenue

Headphones bem posicionados, evitando que sons indesejáveis perturbem essa noite, adentramos o camarote ao som dos latidos dos cachorros e o baixo hipnotizante de Been Caught Stealing. Chacoalhando o esqueleto, somos "in". Um folião de verdade, só que ouvindo Perry Farrell ... muito mais saudável do que qualquer coisa que estivesse tocando no mundo exterior. Seguindo com o groove, aí vem o Infectious. Até participaria de um trenzinho que dava voltas pelo salão. Olhando ao redor, vários sorrisos e sinais de positivo. Nenhum som de cuíca (que dizem, ronca) mas sim muito Trujillo, que mudou o som do Metallica mas que antes era muito mais funkeado. Um excelente baixista com um estilo neandertal de "desfilar" pelo palco. No quesito groove, os três baixistas anteriores são 10! Nota 10! Com os pés flutuando pelo camarote, outro cara não menos do que 10 abre alas: Flea e o Chili Peppers (na minha época, chamávamos a banda de Chili Peppers; hoje em dia, são chamados de Red Hot - isso denuncia a sua idade). Quem assistiu ao show deles no Hollywood Rock? Os caras de meias e cueca com uma chama num capacete ... Transgressor para a época! Em homenagem a sua aposentadoria, que não acontece no meu iPod, o Faith no More segue a linha de muito peso e muito groove para exorcisar os demônios. A primeira vez que ouvi Mike Patton e companhia (conheci o We Care a Lot só depois) fiquei de boca aberta: um som muito diferente e pesado, além de uma linha vocal inédita. Acho que fomos os únicos que cantamos todas as músicas deles no Rock in Rio 2. Já que estamos no Camarote das Estrelas e ouvindo um grande número de grooves do rock, vamos de Living Colour com Muzz Skillings (já falei dele em posts passados) e Glamour Boys. Essa música tem absolutamente tudo a ver com a situação atual. Só uma palhinha:
"The glamour boys swear they are a diva
The glamour boys have it all under control
Always dancing always laughing
The glamous boys are playing the role
The glamour boys never have no money
The glamour boys wear the most expensive clothes
The glamour boys are always at the party
Where the money comes from heaven only knows"
Mudando um pouco o estilo mas mantendo ou até aumentando a diversão, vamos com o bom e não tão velho, AC/DC. Muita cerveja, muitos "jóias" e muito suor e You Shook Me All Night Long (apontando para os demais foliões que ficavam com uma cara de não tô entendendo nada). Gene Simmons e Paul Stanley definem a vibe: Rock´n´Roll All Nite and Party Every Day!!! Resolvo trocar o "Jóia" pelo "Paz e Amor" para variar. E por falar em atitude, nada melhor que os barbados do ZZ Top. Começo a ensaiar os passinhos de dança da dupla texana e logo tenho uma dúzia de seguidores! não ouso tirar os fones para entender o que essa galera está escutando e dando os passos como Billy Gibbons; talvez não tenham a menor idéia de quem ele é ... Prefiro manter a sanidade cerebral e contenho a minha curiosidade. Para quem assistiu ao DVD do show do Rush no Brasil, vai entender o porque da YYZ aqui. Uma câmera filma a banda por trás e mostra a galera pulando sem parar seguindo a linha de baixo do Geddy Lee, a bateria nota 10 do Neil Peart e os riffs harmoniozos do Alex Lifeson (Zivojinovich, nome de batismo de sua família Ioguslava que fugiu da Europa para o Canada). Uma imagem fantástica. Só acho que o pessoal não precisava ficar cantando (!) a música com O oooo O oooô O oooo O oooô. Pulando por aí, sou quase o Folião da Noite! Eis que me lembro de meus tempos mais punks com o Dancing With Myself. Apesar de copiar o Supla, o Billy Idol sabia escolher um guitarrista: o baixinho Steve Stevens manda muitíssimo bem (e tem uma das guitarras mais lindas que já vi: uma Les Paul preta com captadores dourados). Agora sim! Vamos rasgar a fantasia! No clima das peladas, aí vem a Iguana do Rock: Iggy Pop. Nos tempos de Stooges, o cara usava a calça tão baixa que 70% do cofrinho (nesse caso, um caixa eletrônico inteiro) ficava de fora; sem camisa com o físico seco (mas derretido, acho que essa é a melhor maneira de descrevê-lo), serpenteava pelo palco. Carlos Imperial daria um 10 de evolução para essa iguana. E o que dizer da Kate Pearson? Aquela voz e aquele cabelo ... Interessante ... Já bastante simpático, caminho pelo salão dizendo: ... you don´t have to be rich to be my girl ... you don´t have to be cool to rule my world e distribuindo beijinhos com ... kiss. O Prince ou, como ele prefere, O(+>, tem um groove como poucos assim como sua banda (Sheila E. na bateria!). Para fechar a lista, resgato o Eddy Grant e sua Electric Avenue. E acham que a noite acabou ou que vou me entregar ao samba? De jeito nenhum! O iPod está no Repeat!!!
Espero que essa Playlist tenha ajudado a curtir o Carnaval, afinal ela não deixou nenhum tamborim entrar. Infelizmente, uma coisa ela não vai resolver: a eterna mania das pessoas que são chatas e acham que porque é Carnaval, elas tem que ser engraçadas ...
Aproveitem!