A idéia aqui é semanalmente postar uma Playlist de 10 a 15 músicas para diversas situações ou lugares da vida. Tanto as músicas como a sequência são parte fundamental dessas Playlists. Essas são as Rock´n´lists. Seus comentários sobre as Rock´n´lists ou mesmo sugestões sobre novas situações são os que darão vida a este blog. Enjoy!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Recriar a trilha sonora dos Piratas do Caribe

Este post pode parecer muito pretensioso mas na verdade não é; é apenas uma diversão. Resolvi tentar criar o meu CD do que seriam as músicas do filme Piratas do Caribe já que o filme estreou sua última sequência neste final de semana. Uma novidade é o widget do grooveshark.com que traz a Rock´n´list prontinha para ser ouvida!



Vejamos o que vão achar:
1. Rolling Stones - Jumpin´ Jack Flash
2. Fun Lovin´ Criminals - Up on the Hill
3. Tito e Tarantula - After Dark
4. Los Lobos - Good Morning Aztlan
5. Ronnie Wood - Thing About You
6. Ozric Tentacles - Sun Hair
7. Blue Murder - Jelly Roll
8. AC/DC - For Those About Rock
9. Sepultura - Territory
10 . Pink Floyd - Run Like Hell
11. Cake - Never There



Esta Rock´n´list começa com uma música que gostaria de colocar para a aparição do Pérola Negra no horizonte com o capitão Jack Sparrow mandando seus piratas para o ataque. A perspectiva aqui é dos marinheiros do barco que vê os piratas surgindo no horizonte. A guitarra do Keith Richards aqui dá todo o clima de adrenalina e excitação da cena! Como não poderia deixar de ser, a seguinte música escolhi para que fosse a trilha sonora para o grande Jack Sparrow. O Fun Lovin´ Criminals é uma excelente banda mas acima de tudo, fazem um som cínico e bem "gangsta". Up on the Hill é uma música bem lenta mas bastante legal mas com muito clima e personalidade, o que representa bem o nosso capitão. Para aqueles momentos de bruxaria e magia negra, nada como o Tito e Tarantula. Já falei deles em outro post, mas vale lembrar de que eles são a banda que aparece tocando naquele bar doido no filme Um Drink no Inferno do Robert Rodriguez/Tarantino. Esta música fala sobre o que rola "after dark". Para o Barbossa, sugiro uma música dos Los Lobos, por conta de seu nome latino. Esta é uma das bandas que foi alvo dos maiores preconceitos que já vi; tudo por conta de La Bamba. Na verdade, os caras são fantásticos !!! Vale investir um tempo para ouví-los desprovido de preconceito. Tenho certeza de que serão momentos de muita diversão. Para aqueles momentos de diversão regada a rum e mulheres, este som do Ronnie Wood (pintor e membro do Rolling Stones) que traz como convidado o Billy Gibbons (guitarrista cheio de atitude do ZZ Top) completa a diversão. Impossível não se divertir! Para o Davy Jones, Ozric Tentacles. Muito mais pelo nome do que qualquer coisa (o que não tira os méritos deste progressivo de altíssima qualidade). Esta música abre um dos melhores, senão o melhor CD deles: Sun Hair e cria uma atmosfera bem apropriada ao personagem molusco. Para o mocinho capa e espada do filme, Will Turner, vamos de Blue Murder. Essa banda foi formada pelo John Sykes assim que ele saiu do Whitesnake e que tem também o Carmine Appice e o Tony Franklin no baixo; três músicos que dispensam qualificações (por outro lado, ao verem a foto da contra-capa, verão o porque do adjetivo "capa e espada"). Essa música também pode servir de pano de fundo para as investidas dele com a Elisabeth Swann. Eu sei que já coloquei várias músicas do AC/DC nos meus posts, mas antes de mais nada, o som é muito legal; mas neste caso, como poderia de deixar de colocar For Those About Rock e suas explosões de canhão para o início das grandes batalhas? Realmente não poderia deixar de incluí-la. É claro que não poderia de deixar passar a grande e assustadora batalha com o Kraken. Nada como um Sepultura para essas situações e Territory, então ... nem falar (desculpem pela repetição mas esta música está perfeita aqui). Outra cena que merece uma boa música são aquelas em que todos estão sempre perseguindo o Jack e, para se safar, "you better, run all day ... run all night". O Jack correndo pela praia ao som de Run Like Hell é bem inusitado (é uma pena que esta música não esteja disponível no grooveshark para que pudessem ouví-la)! Para fechar, ao subir os créditos, vou de Cake. Acho que eles também tem o estilo divertido da série e faz com que todos saiam do cinema com o espírito divertido.

O que acharam das propostas? A trilha ficou melhor? Que cena mereceria uma música específica para si? E que personagem?

Abraço a todos!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mergulhar com Tubarão Branco na África do Sul

A adrenalina de mergulhar no meio do tão poderoso Tubarão Branco é um grande contraste para a paz e calmaria dos mergulhos tradicionais. É verdade que há todo um aparato de segurança, mas o coração bate muito forte! Rock´n´list para acompanhar a animação, ansiedade, tensão e êxtase da aventura.


Lá vai:

1. Eric Clapton - Motherless Child
2. Canned Heat - On The Road Again
3. Beck - Devils Haircut
4. Audioslave - Gasoline
5. Velvet Revolver - Big Machine
6. Ozric Tentacles - Dissolution (the Clouds Disperse)
7. Sepultura - Refuse/Resist
8. Whitesnake - Steal Your Heart Away
9. Tito & Tarantula - Angry Coachroaches
10. Chickenfoot - Soap on a Rope

Dia de sol. Bem cedo nos econtramos no pier numa vila de pescadores chamada Gansbaai na África do Sul. Ao som de Clapton e seu violão, Motherless Child dá o tom do clima de mar e sol. Vamos embarcar rumo ao alto mar onde mergulharemos, dentro de uma gaiola claro, com os famosos Tubarões Brancos. Expectativa, adrenalina e medo caminham juntas. O barco chega e somos convidados para entrar ao som de Canned Heat. Essa música é muito divertida! Tomamos nossos assentos e vamos navegando devagar rumo ao nosso destino. Se tivesse um whisky agora, estaria perfeito. A medida que vamos avançando, começa o som do Beck. Um som muito divertido e original. Para mim, bastante moderno (por mais clichê essa observação possa parecer mas é assim mesmo que eu vejo esse som, moderno) mas nem um pouco chato como muito das coisas "moderninhas". Chegamos ao nosso ponto de mergulho e os instrutores pedem que nos agrupemos para um curso express para encarar o grande branco, que para mim é a criatura mais fascinante de todo o planeta pela sua força, aparência e aura de mistério. Chris Cornell e o pessoal do RATM com Gasoline começam a aumentar a temperatura e a tensão do momento; tá ficando real. Acho o Tom Morello um dos guitarristas mais inovadores da atualidade; seus solos, via de regra, são imprevisíveis. É sempre um grande prazer ouví-lo. Terminada a "longa" aula. Junto com a chegada do Slash e seu Velvet Revolver, começamos a colocar as roupas de neoprene, lastros, nadadeiras, máscara, regulador, cilindro. Assim que a gaiola começa a baixar para a água, o som cósmico do Ozric Tentacles começa a tocar. Essa é uma banda de progressivo; uma banda fora de seu tempo (parece um Yes dos anos 70 com a psicodelia do Pink Floyd da era Sid Barret, apesar de ser um som dos anos 90). Um som diferente, bem feito e muito recomendável. Já se pode vê-los nadando ao redor do barco! Empolgação e tensão juntas. A gaiola está na água. E lá vamos nós. Entrando na gaiola ao som do Sepultura; a bateria do Igor e as guitarras do Max e do Andreas criam o clima perfeitíssimo. E lá vem os bichões na nossa direção: Refuse/Resist!!! Uaaaaaaaaaaaaau! Os tubarões são enormes, podem pesar mais de 7 toneladas e medir mais de 7 metros. É impossível dizer-se tranqüilo com as primeiras investidas deles. Imagino o que deve ser uma foca pequenina e solta no mar quando vê essa imagem na sua direção. Conforme passam os minutos, a respiração diminui um pouco e você já consegue de fato enxergá-los e curtir o momento. Aqui, uma música do CD novo do Whitesnake harmoniza perfeitamente. Essa música é muito legal; tem um pouco de tudo o que o Whitesnake já fez mas com um tempero mais forte do Slide It In; recomendo. Hora de voltar ao barco, 100% realizado. Esses mexicanos do Tito & Tarantula fazem um grande som; grandes guitarras e violões. A primeira vez que eu ouvi essa banda foi num filme do Tarantino (Um Drinque no Inferno); acho que são amigos do Robert Rodriguez. Que empolgação! No caminho de volta ao pier, Soap on a Rope do "projeto de verão" de grandes caras do rock. Acaba tendo muito a cara do VH por conta do Sammy Hagar principalmente mas a guitarra do Satriani dá o ar da novidade. Perfeita para deitar ao sol na popa do barco e ficar revendo, de olhos fechados, os lindos tubarões e todo o explendor de sua força. De arrepiar!!!

É isso, mais uma Rock´n´list inusitada. Mergulhar com tubarões não se faz todos os dias, né? Assim mesmo espero que tenham se divertido. Nos vemos na próxima semana!

domingo, 3 de abril de 2011

Pescar King Crab no Alasca

Sair com aqueles enormes barcos de pesca no Mar de Bering com ondas de mais de 10 metros e temperaturas abaixo de zero para pescar carangueijos com mais uns 10 caras é realmente muito rock´n´roll! Por isso, minha sugestão de Rock´n´list desta semana serviria de trilha sonora para essa aventura.


Aí vai a sugestão:

Antes de embarcar, sempre há um momento para que se possa tomar umas cervejas e jogar conversa fora com os demais "marujos" ao som de um dos maiores gogós do rock de todos os tempos. O já saudoso Dio arranca com Holy Diver. Como um baixinho daqueles pode ter aquele vozeirão? Inspirador para qualquer doido que está disposto a sair pelo Alasca atrás de carangueijos! Para o momento do embarque, esta música do Creed que eles criaram por conta da morte de um grande amigo. O Creed é uma banda na onda do Pearl Jam; na verdade, com os vocais na linha do Eddie Veder mas com uma guitarra mais pesada e "mais na cara" do que o Pearl Jam. O questionamento dessa música tem muita relação com o que está por vir. Há uma frase em um desenho do Pica Pau que diz: "Is this trip really necessary?". É isso mesmo. A saída da baía é bastante tranquila, mas basta entrar mar adentro para começar a supor o que será essa viagem com Axl gritando Welcome to the Jungle! Uma pausa aqui para relembrar o impacto brutal que o Appetite for Destruction causou quando foi lançado há mais de 20 anos atrás (é isso mesmo, o tempo passa). Lembro de ficar paralisado ao ouví-lo; tudo era fantástico: a guitarra do Slash e os vocais do Axl principalmente. Um clássico! Voltando ao Mar de Bering, a primeira reação ao splashes de água congelante é I Wanna Rock! A hora agora é de começar a colocar as iscas nos covos e lançá-los na água e o bicho vai pegando pesado enquanto o Zack De La Rocha vai gritando pelos autofalantes: " ... rally round tha family! with a pocket full of shells ...". Trabalho pesado. Seu resultado é totalmente incerto. Esses covos voltarão cheios de carangueijo ou terá sido  trabalho em vão? O clima segue com Man In The Box e um dos riffs mais marcantes dos anos 90. Hora de comer uma gororoba no "aconchego" do barco. Chris Cornell vem com Outshined e o tempo vai passando, preparando as coisas para recolher os covos deixados durante várias horas no mar. Quando chega a hora de voltar lá para fora com aquele frio cortante, roupas sempre molhadas do mar e o trabalho pesado, Cobain começa a gritar enchendo a todos de coragem e energia. A noite cai e começam a puxar os covos do mar. O Living Things mantém a energia e ... os covos vêm cheios de carangueijos enormes. Essa banda de três irmãos de St Louis tem uma pegada que mistura o punk dos Ramones com o rock´n´roll do Guns. Um som muito bom e divertido. Vale experimentar. Agora, além do frio, do mar gelado e do trabalho duro, vem o cansaço e a noite. Que tormento! Nada melhor do que o Mastodon. Suas capas de disco possuem diversos desenhos interessantes, mas a que me vem a cabeça é a do Leviathan. Vendo a situação como estava, qualquer um diria que uma baleia branca imensa sairia do mar exatamente abaixo do barco e virá-lo de cabeça para baixo. Após puxar todos os covos e ver que os porões estão completamente lotados de carangueijos, ainda há um resto de energia e todos comemoram ao som do Green Day. O retorno ao porto é regado ao vocal elástico do STP. Ainda há que se descarregar e ficar de olho na pesagem para então começar tudo de novo.

Sujo, muuuito fedidos, cansados, todos estão dispostos a mais outra viagem dessa com os bolsos cheios de dólares da pesca bem sucedida. That´s Rock´n´roll!

sábado, 26 de março de 2011

Relaxar ao Lado da Piscina com Coca-Cola bem Gelada

Depois de muita curtição e bebida ao longo da noite toda e um sono bem agitado como é de praxe, nada como uma Coca-Cola 600 ml com muito gelo e uma espreguiçadeira (na sombra, claro) ao lado da piscina para colocar o cérebro no "off". Para acompanhar o momento de relax, uma Rock´n´list bem calma, com muito groove. Bem diferente das anteriores, mas espero que curtam!


Vamos ao Groove´n´List:
1. Maxwell - Sumthin´ Sumthin´
2. Galactic - Change My Ways (Part I & II)
3. Down to the Bone - Supercharged
4. Greyboy Allstars - A Town Called Earth
5. Pata de Elefante - Diga-me Com Quem Andas Que Te Direi Se Vou Junto
6. The Brand New Heavies - Mind Trips
7. Incognito - One Hundred and Rising
8. Brooklyn Funk Essentials - The Creator Has a Master Plan
9. Groove Collective - Up All Night
10. Buckshot LeFonque - James Brown
11. Fun Lovin´Criminals - Scooby Snacks
12. Freakpower - Husband

A lista começa com o soul com muito ritmo do Maxwell. Sua voz e o baixo desta música, levantam defunto! Uma delícia! Relaxante e totalmente de acordo com a beira da piscina num dia de sol. O disco Urban Hang Suite todo vale ser ouvido de cabo a rabo; som de altíssima qualidade. Os primeiros goles da Coca-Cola bem gelada descem muuuuito redondos. Em seguida, uma de minhas mais gratificantes descobertas: Galactic. Esta é uma banda de New Orleans que usa as raízes dessa cidade para dar um ar distintivo ao seu acid-jazz. Qualquer disco desses caras é fantástico. Há também um CD do Stanton Moore (o baterista) que é muito cheio de grooves e de coisas bem diferentes. Um parênteses: já foram para New Orleans? Vale muito a pena! É um lugar que respira música 25 horas por dia; todo o tipo de som (menos sertanejo, axé e samba!!!). Caminhar pela Bourbon Street é uma experiência única, inesquecível e mandatória para qualquer amante da música. Fechando parênteses, mais alguns goles de Coca e sinto que meu corpo agradece satisfeito. O som do Down to the Bone chega a ser sofisticado. Uma guitarra deliciosa e a redefinição do que chamamos de groove. Bastante na mesma praia, vem o Greyboy. Assisti um show deles ao vivo e foi ainda melhor do que os CDs que tenho. Acho que já me sinto melhor e arrisco um mergulho. Refrescante e rejuvenecedor (hahaha)! Na mesma linha de acid-jazz, uma banda nacional muito interessante: Pata de Elefante. Notem a qualidade do som e da gravação. Gostaria de conhecer mais bandas assim em nosso país; aceito sugestões de vocês! Mais gelo na Coca para entrar na etapa mais clássica dessa Playlist. Começamos com The Brand New Heavies, que nessa música ainda contava com os vocais fabulosos da Ndea Davenport. Sempre que ouço esta música, me lembro de Aruba e de suas praias ... Mind Trips. Incognito e seu carismático Bluey chegam com outro CD clássico 100 and Rising. Isso é o que eu chamo de uma vibe altíssimo astral. O pessoal do Brooklyn FE não deixam a bola cair e mantém não só o ritmo como o astral. Tchibum! Mais um mergulho e vários goles de Coca para baixar a temperatura e trazer a vida de volta aos poucos. O Groove Collective começa a fase mais hip hop. Um hip hop de altíssima qualidade com o Buckshot (do Branford Marsalis, saxofonista e irmão menos famoso do trompetista de jazz Winton Marsalis) e o Fun Lovin´ Criminals. Essa música deles fez parte da trilha de um dos melhores filmes de todos os tempos: Pulp Fiction. Agora, já com todos os sentidos e órgãos funcionando perfeitamente, vamos para aquela que é uma das bandas mais geniais que já ouvi: Freakpower. É isso aí mesmo!!! Essa é a banda anterior do tão famoso e quase cidadão copacabano, Fat Boy Slim (nessa época, ainda era conhecido como Norman Cook). Existem dois CDs excelentes! O segundo, para mim é simplesmente genial: More of Everything ... For Everybody. Entendo que está fora de catálogo mas vale procurar. Quanto soul, quanto groove, quanta criatividade!!! Que bela maneira de começar o dia. Agora, estou pronto para outra: uma cerveja gelada agora vai descer redondo.

Imagino que haja muita coisa nova nessa lista (e com os links para que ouçam as novidades) mas garanto que são músicas de altíssima qualidade e que todo amante do bom e velho Rock´n´roll provavelmente vai gostar. O que acharam? Vale a pena algumas listas destas intercaladas com os Rocks clássicos? Gostaram? Escrevam!!!

Abraços a todos

domingo, 20 de março de 2011

Tomar um Chopp com Amigos numa Tarde de Sábado

Poucas coisas são mais divertidas do que sentar numa mesa de bar, tomar uns chopps, contar umas mentiras e morrer de rir com as histórias dos amigos. O importante é a curtição com os amigos e não a veracidade exata dos fatos pois aqui não estamos escrevendo um livro mas sim dando boas risadas, concordam? Pensando em deixar o evento ainda mais interessante, criei uma Rock´n´list para acompanhar. Nenhuma música muito complicada, pois senão não teremos conversas. Algumas coisas novas para apimentar o debate.


Vamos a ela, então:
1. Lynyrd Skynyrd - Sweet Home Alabama
2. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way
3. The Black Crowes - Remedy
4. Bad Company - Feel Like Makin´ Love
5. Them Crooked Vultures - No One Loves Me & Neither Do I
6. Steely Dan - Do It Again
7. Wolfmother - Colossal
8. BB Chung King and the Buddaheads - Company Graveyard
9. Bob Seger - Hollywood Nights
10. Kiss - I Love It Loud
11. David Lee Roth - Goin´ Crazy!

Iniciamos com um chopp com 3 dedos de colarinho; como manda o figurino! Para acompanhar, o bom e velho amendoim (com casca que é para poder rir da cara dos amigos quando ela gruda nos dentes e o cara fica banguelo com uma puta cara de bobo). Tão clássico quanto a pedida, vamos de Lynyrd Skynyrd. Um som que antes de mais nada é muito divertido e cheio de atitude. Desce redondo com o primeiro copo de chopp, que na minha opinião fica mais gostoso naquelas "calderetas". Um som bastante mais novo que esse porém já um clássico, é o Lenny Kravitz. Som dos anos 70 com tudo o que os anos 90 podiam dar. As discussões passam pela sua habilidade de multi-instrumentista e pela participação do Slash que faz quase tantas participações quanto o Andreas do Sepultura. Mantendo a mesma linha, os irmãos Robinson também sempre fizeram um sonzaço com pegada e atitude setentista nos anos 90. Quando os ouvi pela primeira vez, ouvi Remedy e não sabia o que dizer. Que som! As conversas porém passam pelo poder embelezador da música (e do futebol também). Alguém acha que o Chris Robinson teria alguma chance com a Kate Hudson se fosse um mortal qualquer? E o pior de tudo é que quando estiveram juntos ele estava ainda pior: usava uma barba enorme! Desce mais uma rodada pois agora vamos de Bad Company. Que "balls" teve o Paul rodgers para "substituir" o Freddie Mercury (com haspas mesmo, pois o Freddie é INsubstituível!!!)! Outro ponto: as linhas de guitarra desta música são realmente muito atuais (e esta música é de 1975); se não fosse dito, tenho certeza de que muita gente apostaria que esta é uma música atual. Hora de pedir algo mais para comer: croquete de mortadela (quem nunca experimentou, digo que vale muito a pena, principalmente com um limão). Alguém também conhece o Them Crooked Vultures? É uma banda ou projeto, formado pelo Dave Grohl na bateria, o John Paul Jones no baixo e o Josh Homme na guitarra (este, o guitarrista do QOAS). Uma mistura inusitada e muito legal foi a opinião de todos. Por outro lado, falaram que a guitarra do Homme é como coentro, aonde é colocado dá um gosto forte e característico e portanto há que se temperar com cuidado para não tirar o gosto dos demais ingredientes da comida. Na música do Steely Dan tem que se prestar atenção na guitarra. Muito legal! Aparece em alguns momentos da música apenas como um toque realmente especial. O dia que me dei conta disso, era como se a Do It Again tivesse sido reapresentada para mim. Muito legal de novo! Chopp paulista e carioca intercalados (chopp claro com espuma escura e chopp escuro com espuma clara) e uns bolinhos de arroz. Já no início da próxima música, muitos acreditam que é algo inédito do Sabbath, mas não. São 3 moleques da Austrália chamados Wolfmother. Puta som! Quanto peso! E são só 3 caras (o guitarrista faz o vocal e o baixista toca teclado como um louco; um Keith Emerson dos anos 2000; vale conferir a performance ao vivo). A próxima banda, foi uma descoberta ao revirar a internet. Um som que eu classificaria como blues-rock. O BB Chung King é descendente de orientais, o que nã condiz com sua voz, mas o que realmente chama a atenção é a sua musicalidade e sua guitarra. Todos ficaram de boca aberta com esses californianos. Som de altíssimo nível que eu recomendo a todos. Caldinho de feijão para rebater e com a chegada da noite, Hollywood Nights. Gosto muito da maneira como ele canta essa música, com muita vontade. Uma música simples mas com muita energia; alto astral, assim como nossa mesa no bar. O bumbo e a caixa do Kiss nos levaram para os anos 80 e o sonho do show no Morumbi que, por não ter idade suficiente e por um monte de bobagens de um país que não estava acostumado e ter shows de rock, não pude curtir (lembram-se de que diziam que eles matavam pintinhos no palco?). Outra época, outro mundo. Mesmo depois de tantos chopps e um caldinho de feijão, as discussões musicais ainda estão de altíssimo nível. Assim, pedimos a saideira ao som de Goin´ Crazy! do DLR. Essa música foi uma grande surpresa quando foi lançada em 1986 (quase no mesmo momento em que o 5150 foi lançado). Acabado de sair do Van Halen, ele agora somava-se a alguns estagiários no mundo musical (hahaha): Steve Vai, Billy Sheehan e Gregg Bissonette. Não poderia ter se saído melhor! Isso sem falar no diálogo dele com o Vai na Yankee Rose; impagável. Impagável também foi a conta, mas valeu a pena.
Pedimos um taxi e fomos para casa. Muito divertido, como sempre.
Espero que tenham gostado também da Rock´n´list e das novidades. Nos vemos na semana que vem!

domingo, 13 de março de 2011

Ser um Rockstar no Chuveiro

Todos os amantes do bom e velho rock´n´roll sempre tem o sonho de ser um grande rockstar, principalmente quando se pega cantando a todos os pulmões uma grande música ou mesmo dedilhando solos de guitarra no ar ou destruindo bateriais imaginárias. Que outro lugar pode ser mais interessante para compor o palco do que o chuveiro? De posse de uma escova de cabelo, que funciona como microfone, começamos o nosso grande show de rock.


O setlist proposto:

1. Sepultura - Territory
2. Whitesnake - Give Me All Your Love
3. Deep Purple - Smoke on the Water
4. Led Zeppelin - Kashmir
5. David Coverdale - Last Note of Freedom
6. Ozzy Osbourne - Crazy Train
7. AC/DC - Jailbreak
8. Def Leppard - Animal
9. Aerosmith - Dream On
10. Iron Maiden - The Number of the Beast
11. Van Halen - Why Can´t This Be Love
12. the Doors - Light My Fire
13. Elvis Presley - A Little Less Conversation

Antes de mais nada, não quero que me chamem de anti-ecológico, assim que muitas vezes o chuveiro ficou desligado ao longo das performances. Na verdade, ele foi usado muito como os flashlights do palco. Entrando no palco, começo minha primeira música como baterista (dedos indicadores em riste e lá vamos nós). A introdução do Igor Cavalera em Territory é muito boa: pegada, ritmo e técnica. Um grande baterista que, na minha opninião, junto com o Max davam o espírito do Sepultura. Para mim, a sujeira do Max fazia a diferença e com a sua saída, a banda nunca mais foi a mesma. Gritar "war for territory" logo na primeira música, exorcisa seus demonios mas destrói a sua garganta. Aí vem o Whitesnake: Coverdale e John Sykes mandaram muito bem mas hoje, eu vou de vocal e também toco os solos do Sykes, deixando que ele me suporte com os riffs da base (hahaha). Outro grande vocalista de rock, assim como o Coverdale, o Gillan me chama ao palco para compartilhar os vocais de Smoke on the Water (mas não sem antes passar pelos instrumentos durante a introdução). Fizemos um belo dueto em "smooooooooke on the waaateeer" e bangeamos ao som do riff fantástico do Blackmore (tan tan tan ... tan tan tanan ... tan tan tan ... tan taaaaaan). Outra lenda vocal do rock sobe ao palco para dividirmos Kashmir. O Plant foi simplesmente impressionante! Mais uma vez, os riffs do Page são tão fantásticos como os vocais do Plant e por isso, enquanto canto, vou mandando ver na air guitar para fazer a base de Kashmir. Quando o Coverdale volta ao palco, agora como solo, eu fico apenas contemplando seu vocal, mas na hora em que ele canta sozinho, é impossível não soltar a voz: " ... I know the suffering will end, my friend. When the last note of freedom is rung throughout the land ...". O eco do banheiro contribui para o clima do show e acho que estou mandando benzásso! Depois do momento: maiores vocalistas do rock, vamos a atitude mais rock´n´roll que conheci com o grito de " All aboard !!!". Eu li o livro Eu Sou Ozzy e o cara é muito mais maluco do que eu pensava. Essa música, prima pelos riffs do inesquecível Randy Rhoads. Um músico espetacular e, segundo o livro, uma pessoa incrível. Por isso, nesta etapa do show, prefiro dobrar a guitarra do RR. Chego a tocar de joelhos o solo de Crazy Train. E já que estamos no período "atiitude" do show, nada melhor que AC/DC. Impossível não bangear a cabeça como o Angus ao longo da música (e aqui, atenção: atitude muito perigosa! garanta que seus pés não têm sabão, senão ... hahahaha). Outro som muito legal: Def Leppard. Atitude? Está na letra: " ... I need your touch, don´t need your love ...". Outro exemplo de atitude? Rick Allen. O baterista que, mesmo após perder seu braço, reinventa sua forma de tocar e volta aos palcos com sua banda! Rock´n´roll! E por falar em ressurgir das cinzas, o Aerosmith é um especialista no assunto. Aqui, peço para que o Steve Tyler suba ao palco para compartilharmos Dream On. Fiquei maluco com essa música quando ouvi ao vivo o grito no final da música no show do Morumbi de uns 15 anos atrás. Quase derrubou uma parte da arquibancada! Six ... six, six ... the number of the beast. E lá vamos nós de Iron Maiden. Dispensa adjetivos. Para mim, muito divertido. Resolvi, por mais que eles nunca tenham usado isso, fazer um moicano com o shampoo para melhorar o estilo. Os teclados do Van Halen, anunciam a nova música. Confesso que, como grande fã da banda, fiquei preocupado com o que viria por aí sem o DLR. Em resumo, adorei! Essa foi a primeira música que ouvi do 5150 e adorei essa nova banda. Altíssimo astral nesse momento do show. Já estamos nos encaminhando para o final, assim que vamos com as duas últimas músicas clássicas. Arranco com o eterno Jim Morrison e a eterna Light My Fire e encerro o show com o Rei do Rock, Elvis Presley. Todo mundo sempre gosta de fazer o vozeirão dele (e todos achamos que estamos iguaizinhos). De alma lavada literalmente, termino a minha apresentação. Um pouco de bateria, algo de guitarra e muito vocal.

Saio do banheiro pronto para a sessão de autógrafos mas acho que os seguranças devem ter barrado os fãs pois não há ninguém por aqui. Espero que tenham gostado do show pois eu me diverti muito!

See ya!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Curtir o Camarote da Brahma na Sapucaí

Todo mundo já viu na televisão a quantidade de gente bonita nesses camarotes do Rio de Janeiro no Carnaval. Se você desliga o som da TV, dá vontade de estar alí: cerveja de graça e chicks for free. Nada de ziriguidum nem de telecoteco. Baseado nessa idéia, vamos para a Sapucaí de iPod (que com a bateria carregada nos dá mais de 4 horas de diversão sem samba) com a Rock´n´list preparada.


Vamos a ela (agora com um link para escutar cada música online):
1. Jane´s Addiction - Been Caught Steeling
2. Infectious Grooves - Stop Funk´n With My Head
3. Red Hot Chili Peppers - Give It Away
4. Faith No More - Falling to Pieces
5. Living Colour - Glamour Boys
6. AC/DC - You Shook Me All Night Long
7. Kiss - Rock´n´roll All Nite
8. ZZ Top - Sharp Dressed Man
9. Rush - YYZ
10. Billy Idol - Dancing With Myself
11. Iggy Pop e Kate Pearson - Candy
12. Prince - Kiss
13. Eddy Grant - Electric Avenue

Headphones bem posicionados, evitando que sons indesejáveis perturbem essa noite, adentramos o camarote ao som dos latidos dos cachorros e o baixo hipnotizante de Been Caught Stealing. Chacoalhando o esqueleto, somos "in". Um folião de verdade, só que ouvindo Perry Farrell ... muito mais saudável do que qualquer coisa que estivesse tocando no mundo exterior. Seguindo com o groove, aí vem o Infectious. Até participaria de um trenzinho que dava voltas pelo salão. Olhando ao redor, vários sorrisos e sinais de positivo. Nenhum som de cuíca (que dizem, ronca) mas sim muito Trujillo, que mudou o som do Metallica mas que antes era muito mais funkeado. Um excelente baixista com um estilo neandertal de "desfilar" pelo palco. No quesito groove, os três baixistas anteriores são 10! Nota 10! Com os pés flutuando pelo camarote, outro cara não menos do que 10 abre alas: Flea e o Chili Peppers (na minha época, chamávamos a banda de Chili Peppers; hoje em dia, são chamados de Red Hot - isso denuncia a sua idade). Quem assistiu ao show deles no Hollywood Rock? Os caras de meias e cueca com uma chama num capacete ... Transgressor para a época! Em homenagem a sua aposentadoria, que não acontece no meu iPod, o Faith no More segue a linha de muito peso e muito groove para exorcisar os demônios. A primeira vez que ouvi Mike Patton e companhia (conheci o We Care a Lot só depois) fiquei de boca aberta: um som muito diferente e pesado, além de uma linha vocal inédita. Acho que fomos os únicos que cantamos todas as músicas deles no Rock in Rio 2. Já que estamos no Camarote das Estrelas e ouvindo um grande número de grooves do rock, vamos de Living Colour com Muzz Skillings (já falei dele em posts passados) e Glamour Boys. Essa música tem absolutamente tudo a ver com a situação atual. Só uma palhinha:
"The glamour boys swear they are a diva
The glamour boys have it all under control
Always dancing always laughing
The glamous boys are playing the role
The glamour boys never have no money
The glamour boys wear the most expensive clothes
The glamour boys are always at the party
Where the money comes from heaven only knows"
Mudando um pouco o estilo mas mantendo ou até aumentando a diversão, vamos com o bom e não tão velho, AC/DC. Muita cerveja, muitos "jóias" e muito suor e You Shook Me All Night Long (apontando para os demais foliões que ficavam com uma cara de não tô entendendo nada). Gene Simmons e Paul Stanley definem a vibe: Rock´n´Roll All Nite and Party Every Day!!! Resolvo trocar o "Jóia" pelo "Paz e Amor" para variar. E por falar em atitude, nada melhor que os barbados do ZZ Top. Começo a ensaiar os passinhos de dança da dupla texana e logo tenho uma dúzia de seguidores! não ouso tirar os fones para entender o que essa galera está escutando e dando os passos como Billy Gibbons; talvez não tenham a menor idéia de quem ele é ... Prefiro manter a sanidade cerebral e contenho a minha curiosidade. Para quem assistiu ao DVD do show do Rush no Brasil, vai entender o porque da YYZ aqui. Uma câmera filma a banda por trás e mostra a galera pulando sem parar seguindo a linha de baixo do Geddy Lee, a bateria nota 10 do Neil Peart e os riffs harmoniozos do Alex Lifeson (Zivojinovich, nome de batismo de sua família Ioguslava que fugiu da Europa para o Canada). Uma imagem fantástica. Só acho que o pessoal não precisava ficar cantando (!) a música com O oooo O oooô O oooo O oooô. Pulando por aí, sou quase o Folião da Noite! Eis que me lembro de meus tempos mais punks com o Dancing With Myself. Apesar de copiar o Supla, o Billy Idol sabia escolher um guitarrista: o baixinho Steve Stevens manda muitíssimo bem (e tem uma das guitarras mais lindas que já vi: uma Les Paul preta com captadores dourados). Agora sim! Vamos rasgar a fantasia! No clima das peladas, aí vem a Iguana do Rock: Iggy Pop. Nos tempos de Stooges, o cara usava a calça tão baixa que 70% do cofrinho (nesse caso, um caixa eletrônico inteiro) ficava de fora; sem camisa com o físico seco (mas derretido, acho que essa é a melhor maneira de descrevê-lo), serpenteava pelo palco. Carlos Imperial daria um 10 de evolução para essa iguana. E o que dizer da Kate Pearson? Aquela voz e aquele cabelo ... Interessante ... Já bastante simpático, caminho pelo salão dizendo: ... you don´t have to be rich to be my girl ... you don´t have to be cool to rule my world e distribuindo beijinhos com ... kiss. O Prince ou, como ele prefere, O(+>, tem um groove como poucos assim como sua banda (Sheila E. na bateria!). Para fechar a lista, resgato o Eddy Grant e sua Electric Avenue. E acham que a noite acabou ou que vou me entregar ao samba? De jeito nenhum! O iPod está no Repeat!!!
Espero que essa Playlist tenha ajudado a curtir o Carnaval, afinal ela não deixou nenhum tamborim entrar. Infelizmente, uma coisa ela não vai resolver: a eterna mania das pessoas que são chatas e acham que porque é Carnaval, elas tem que ser engraçadas ...
Aproveitem!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Saltar de paraquedas com 35s de queda livre em Janeiro

Janeiro. Sol. Praia e o eterno sonho do homem: voar. Assim começo essa nova Rock´n´list: uma playlist com momentos de altíssima adrenalina e paz.

Minha sugestão segue:

1. Richie Kotzen - You can´t Save Me
2. Living Colour - Funny Vibe
3. Clutch - Big News I e II
4. Pink Floyd - Time
5. Russian Circles - Harper Lewis
6. Ramones - Spiderman
7. Ozzy Osbourne - Bark at the Moon
8. Pink Floyd - Learning to Fly
9. Pink Floyd - Shine on You Crazy Diamond
10. Jimi Hendrix - Angel
11. Joe Satriani - Summer Song

O início de tudo passa pela decisão de se você vai encarar ou não o desafio de saltar de paraquedas. O anjinho e o diabinho falando ao seu ouvido. A adrenalina e o medo (até acho que boa parte da adrenalina vem do medo de como tudo isso pode acabar). Em determinado momento: "dane-se, eu vou!". E é aí que entra o Richie Kotzen: Fuck! É verdade, que o contexto da música é diferente mas o "fuck" é o que passa pela cabeça e vamos lá. Para quem não o conhece, pode até pensar que está ouvindo o Chris Cornell mas não é. O cara, além de excelente guitarrista tem uma puta voz. Ele tocou no Poison, o que joga contra, e também no Mr Big com o Eddie Van Halen do baixo: Billy Sheehan. Vale conferir! Decisão tomada, uma rápida aula teórica com Funny, funny, funny Vibe. O Living Colour foi uma puta banda e nessa música ainda contava com o Muzz Skilings, outro grande baixista. Eu tive a oportunidade de assistí-los algumas vezes ao vivo mas não me esqueço de quando os vi no Palace (para mim essa coisa de Citibank, HSBC ou qualquer outro Hall não existe; esse sempre foi o Palace) e que estava tão cheio de gente e tanto calor, que o teto estava pingando! Outra vez em Los Angeles também pude assistir a uma jam com o Will Calhoun e o Vernon Reid; comentários em outra oportunidade, mas é claro que foi espetacular. Depois de uma aula completa com tudo o que você precisa saber para um salto de paraquedas, é hora de se trocar e ficar contemplando os profissionais dobrarem os paraquedas, tarefa mais importante de todas pois a abertura ou não do paraquedas depende disso. Clutch na caixa! Um som bem pegado e tenso mas muito cheio de energia e groove. Tenho que confessar que se pudesse escolher uma palavra para o momento, essa seria: tensão. O relógio de Time desperta. Tudo pronto e o clima da bateria do Nick Mason é perfeito antes de embarcar no avião que nos levará a uns 3.500 metros de altura. A introdução de Time poderia ser uma paisagem para um quadro, tamanho é o clima que gera. A letra, tudo a ver com o momento: "ticking away the moments that make a dull day". Tenho tanto para falar sobre cada frase dessa música ..."and you run and you run to catch up with the sun but it´s sinking. racing around to come up behind you again. the sun is the same in a relative way, but you´re older. shorter of breath, one day closer to death". Alguns podem olhar o lado pessimista dessa estrofe; eu já acho que é um grande incentivo a curtir a vida. Os dias passam! Decolando ao som de Russian Circles, que, apesar do nome, é um trio americano. Uma banda fora do mainstream mas realmente fantástica; altíssimamente recomendável. Ganhando altura e a música vai ganhando corpo e peso. Que combinação perfeita. Saindo do som elaborado e impressionante do trio americano para a crueza e a infindável energia e atitude do Ramones: agora vamos! Tô pronto! Quando olho para fora, uivo como o Ozzy em Bark at the Moon. O Jake E Lee assumiu um papel bastante difícil ao substituir o Randy Rhoads mas mandou muito bem! O Metal, conforme a iminência do salto chega, dá licensa mais uma vez ao Floyd. Toda minha vida quis saltar ao som de Learning to Fly; na verdade, saltar no exato momento em que o cara salta para seu vôo na música aos 2:44 minutos: "Above the planet on a wing and a prayer, My grubby halo, a vapour trail in the empty air, Across the clouds I see my shadow fly out of the corner of my watering eye". Uhuuuu; o paraquedas abriu exatamente em: "There's no sensation to compare with this, Suspended animation, A state of bliss". Na segurança do vôo com o paraquedas aberto, ouço os primeiros acordes de Shine on You. Eu sei que esta é a terceira música do Pink Floyd na lista, mas não sabem o esforço que fiz para que não fossem todas as 12, músicas do Pink. A paisagem lá embaixo é fantástica e a guitarra do Gilmour é o complemento ideal para o momento. Depois de mais de 13 minutos, onde a andrenalina volta aos níveis normais, aparece o Hendrix com Angel, que veio do céu para resgatá-lo um dia desses. Essa foi a última música que incluí na lista mas, quando finalmente a "encontrei", tive a clara sensação de que a lista estava enfim completa. O Hendrix deu a liga que finalmente faltava. O pouso foi tranquilo e já em solo, com o sol de verão iluminando o começo da tarde, o Satriani começa com a Summer Song. Essa música resume bem toda a experiência: muita energia, adrenalina, emoção.
That´s all folks!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pilotar um Camaro SS V8

Sem querer, acabou que tive a sorte de ficar por uma semana com um Camaro SS 2011! Sem palavras para descrevê-lo ...


Minha sugestão para começar em alto estilo essa fantástica experiência:

1.
2. Aerosmith - Sweet Emotion
3. the Doors - LA Woman
4. Jamiroquai - Cosmic Girl
5. Deep Purple - Highway Star
6. Linkin Park - Numb
7. Van Halen - Dreams
8. Journey - Separate Ways
9. Heart - If Look Could Kill
10. Metallica/Thin Lizzy - Wiskey in the Jar
11. Megadeth - Symphony of Destruction
12. Rage Against the Machine - Killing in the Name
13. Pantera - Cowboys from Hell
14. Steve Vai - For the Love of God

Não. Não é um erro. A primeira música é na verdade ... o som desse V8. Espetacular!!! Uma viagem dessa tem que começar por ouvir o som dessa máquina. Depois de curtir muito o som desse motor, o Aerosmith começa com Sweet Emotion. O baixo hipnótico e a levada dessa música são perfeitos para manter a velocidade de cruzeiro e com ela o sorriso na cara (aliás, é bem difícil tirá-lo do rosto). O som do Doors tem tudo a ver com esse cruzeiro ao sol. Ao gravar essa música o Jim Morrison já estava péssimo; a voz do cara estava uns dois 2 tons a baixo do início da carreira, mas a atitude era a mesma de sempre (já repararam num grito que ele dá no meio da música, totalmente desafinado). O Oliver Stone retratou a banda maravilhosamente bem; as cenas do filme vão passando pela minha cabeça enquanto mantenho velocidade constante. Claro que nesta seqüência não poderia faltar o Jamiroquai. Grande músico, grande colecionador de carros, o JK. Me imagino perseguindo as duas Ferraris (uma preta e uma vermelha) e a Lamborghini (roxa metálica) do clipe da Cosmic Girl. Isso faz com que o pé fique mais pesado ... mais animado. Eu imagino que muitos podem estar dizendo que Highway Star agora é muito clichê; sabem o que eu digo? Também acho! Mas está perfeita aqui porque "nobody´s gonna take my car ...". O Machine Head inteiro é fantástico; Gillan, Blackmore e companhia estão no auge (aliás, eu sou um dos infelizes que não viram o Purple no Olímpia - o Blackmore deu pití e tocava atrás dos PAs e no vocal, o Joe Lynn Turner). É muito difícil ouvir uma música só; uma vez eu li que o Machine Head era a mãe dos riffs de guitarra. Não era exagero. O Linkin Park pode parecer coisa de moleque mas a energia que os dois vocais transmitem na música e a pegada das guitarras transmitem uma energia condizente com a cavalaria do motor Chevrolet. Sem medo de ser feliz, o Van Halen entra com o teclado de Dreams acompanhado do Alex e então, o "novo" vocal do Sammy Hagar. Essa música é um verdadeiro perigo na estrada pois é impossível controlar a velocidade do carro: we´ll get higher and higher, straight up we´ll climb ... leave it all behind. Aqui cabe uma pequeno aparte: eu gosto sim do Van Halen do Sammy e também gosto do Dave Lee Roth; são duas bandas fabulosas e ponto final (tive a oportunidade de vê-los em Atlanta em 2008 com o Dave Lee Roth; uma das coisas para se fazer antes de morrer); não tem melhor nem pior. São apenas diferentes. Seguindo o espírito de "dar final" no carro (só o espírito pois não tive coragem para tanto), emplaco duas músicas no mesmo estilo de energia de Dreams: Journey e Heart. Hollywood é o sucesso, diria. o Journey vem aí para um show em SP. Vi em DVD esse novo vocalista e o cara não decepciona nada; muito pelo contrário. Vale a pena conferir. E o Heart? Banda de rock de mulheres sempre teve que passar por cima de preconceitos mas elas conseguiram ocupar um espaço super-restrito junto com a Joan Jett, Lita Ford etc. Hoje, com 60 anos, não são exatamente mais umas gatinhas, se é que me entendem. Entrando agora mais no rock´n roll, começa a rolar Wiskey in the Jar. Eu aqui listei a versão do Garage Inc do Metallica porque acho que ficou ótima, mas em homenagem ao Gary Moore, que morreu na semana passada, vou trocá-la pela versão do Thin Lizzy. Grande guitarrista o Gary Moore. A jam session no céu tá ficando espetacular. Metallica? Então lá vem o Mustaine. Adoro o riff dessa música. Headbanger. Não me esqueço de quando conseguimos um backstage de última hora para o Monsters of Rock no Pacaembú e chegamos na pista no exato minuto que o Megadeth estava começando a tocar Symphony of Destruction. Estavam esperando nós chegarmos! Muito cuidado agora, pois com o jeitinho meigo do Zakk de la Rocha e do Phil Anselmo, tudo pode acontecer. Desde resolver não mais fazer curvas como gritar com todos os que forem ultrapassados. Nada como o RATM e o Pantera para soltar os bichos, acelerar fundo e então, de alma lavada (e aquele sorriso imbecil ainda no rosto), viajar nos acordes celestiais do aluno mais aplicado do Satriani.  O Vai disse que ficou não sei quantos dias sem comer para poder compor essa música; para que ela tivesse sentimento. De fato, sentimento é o que não falta aqui.

Aqui vai chegando o final de mais essa viagem. Espero que tenham se divertido tanto quanto eu me diverti. Confesso que eu ia colocar na Rock´n´list a música Crossfire do imortal Stevie Ray Vaughan mas eu me lembrei da primeira vez que ouvi essa música e desisti de fazê-lo. Me explico melhor: estava eu no Monza hatch 83 da minha mãe ouvindo rádio (Rio de Janeiro com equalizador Tojo) quando começou a tocar Crossfire. Fiquei louco e tive que estacionar o carro na República do Líbano para poder prestar atenção na música e no que o SRV estava fazendo, portanto para evitar colisões, preferi não incluí-la nessa Rock´n´list mas seguramente aparecerá em outras.

Abs a todos

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Chivas 18 anos cowboy

Vou começar meu blog montando uma Rock´n´list para tomar um Chivas 18 anos sem gelo. Parece um bom começo!



Minha sugestão seria (nesta ordem):
1. Rush - La Villa Strangiato
2. Judas Priest - Breaking the Law
3. Motorhead - Ace of Spades
4. Iron Maiden - Rime of the Ancient Mariner
5. Whitesnake - Ain´t No Love in the Heart of the City
6. Led Zeppelin - Whole Lotta Love
7. Scorpions - Big City Nights
8. Rainbow - Long Live Rock´n´roll
9. AC/DC - It´s a Long Way to the Top
10. ZZ Top - Gimme All Your Lovin´

Com um copo baixo de Chivas 18 sem gelo na mão, sento numa poltrona e ... toda a maestria do Rush começa a rolar. Como 3 caras fazem tudo isso? Tento batucar (ainda 100% sóbrio) mas o Neil Peart não repete 3 compassos seguidos! Sigo pelos quase 10 minutos da música me divertindo com a grande virtuosidade e fantástica harmonia deles. Aliás, o Chivas também é fantástico! O Judas começa e o espírito "easy rider" toma conta da session. Não, eu não gosto de motos nem nunca usaria aquelas roupas de couro do Rob Halford, mas é rock´n´roll de atitude. Ouvir o British Steel completo não seria uma má idéia nesse momento. O Chivas já vai mais da metade e o peso do Motorhead cai como uma luva. A sujeira do Lemmy (mais um rostinho meigo na cena rock´n´roll) é a alma do som. Lembro dele declarando na Rolling Stone que:  "Se você baixou música do Motorhead sem pagar, então me deve dinheiro"; que medo! hahaha. Rime of the Ancient Mariner ... quase 15 minutos de música; 5 músicas numa só. A capa do Powerslave também era um show. Que saudades dos LPs agora. Pegar aquelas capas gigantes e ficar curtindo o som e descobrindo tudo o que Derek Riggs desenhou ali era simplesmente fantástico. A essa altura, o copo já esvaziou, então um blues do Whitesnake para fazer um refill do Chivas. Como diz um grande amigo meu: "O Coverdale pega mulher pelo telefone. A voz do cara é incrível!". É a mais pura verdade! E o cara vive chorando pelos cantos como se um dia faltasse alguma mulher menos que espetacular para ele! Em outro post vamos fazer as contas de quantas mulheres ele já agarrou. De volta à poltrona, Jimmy Page entra em cena. Que som de guitarra! Que riff! Whole Lotta Love é fantástica hoje; imagine só o impacto que ela causou quando apareceu em 1969. Com o som diretamente na minha frente (e alguns goles mais de Chivas), estou passando da direita para a esquerda e de volta à direita seguindo os gemidos do Plant. Uau!!! A retomada da música empolga qualquer um!!! E por falar em empolgação, penso em ficar de pé, cantando ao lado do Klaus Meine no Rock in Rio de 1985. Aliás, vai ter show do Michael Schenker por esses dias. O Dio se foi mas suas músicas são imortais. Long Live Rock´n´roll é um clássico do Rainbow; Vida Longa ao Rock´n´roll! E eis que vem o Bon Scott (outro que já se foi) com uma música que costumo dizer, poderia rolar por umas 2 ou 3 horas numa jam que ninguém ficaria de saco cheio. É muito boa pois te dá a plena convicção de que poderia ser você ali tocando com os caras (achar que pode tocar a guitarra do Angus é um pouco demais mas ... o blog é meu!). Na última cena do filme Escola de Rock, o Frank Black toca essa música com uns meninos e meninas e é muito legal. Vale a pena ver esse filme num sábado a tarde. Último gole de Chivas e o trio mais divertido do rock arranca com seu hot rod vermelho. Essa Gimme All Your Lovin´ (and all your hugs and kisses too) é muito alto astral; fecha com chave de ouro essa primeira viagem. O Hendrix uma vez falou que o Billy Gibbons era um dos melhores jovens guitarristas do mundo. Todo mundo diz que ele é igual ao Dusty Hill (baixista), mas com uma barba daquele tamanho, óculos escuros e chapéu eu também sou parecido com o Brad Pitt!
That´s it, my friends! Espero que tenham se divertido! Suas opiniões sobre essa playlist, o que você poria ou tiraria são o grande complemento desta brincadeira. Vocês também podem sugerir temas para gerar playlists.
Hasta la vista, babys.