A idéia aqui é semanalmente postar uma Playlist de 10 a 15 músicas para diversas situações ou lugares da vida. Tanto as músicas como a sequência são parte fundamental dessas Playlists. Essas são as Rock´n´lists. Seus comentários sobre as Rock´n´lists ou mesmo sugestões sobre novas situações são os que darão vida a este blog. Enjoy!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Saltar de paraquedas com 35s de queda livre em Janeiro

Janeiro. Sol. Praia e o eterno sonho do homem: voar. Assim começo essa nova Rock´n´list: uma playlist com momentos de altíssima adrenalina e paz.

Minha sugestão segue:

1. Richie Kotzen - You can´t Save Me
2. Living Colour - Funny Vibe
3. Clutch - Big News I e II
4. Pink Floyd - Time
5. Russian Circles - Harper Lewis
6. Ramones - Spiderman
7. Ozzy Osbourne - Bark at the Moon
8. Pink Floyd - Learning to Fly
9. Pink Floyd - Shine on You Crazy Diamond
10. Jimi Hendrix - Angel
11. Joe Satriani - Summer Song

O início de tudo passa pela decisão de se você vai encarar ou não o desafio de saltar de paraquedas. O anjinho e o diabinho falando ao seu ouvido. A adrenalina e o medo (até acho que boa parte da adrenalina vem do medo de como tudo isso pode acabar). Em determinado momento: "dane-se, eu vou!". E é aí que entra o Richie Kotzen: Fuck! É verdade, que o contexto da música é diferente mas o "fuck" é o que passa pela cabeça e vamos lá. Para quem não o conhece, pode até pensar que está ouvindo o Chris Cornell mas não é. O cara, além de excelente guitarrista tem uma puta voz. Ele tocou no Poison, o que joga contra, e também no Mr Big com o Eddie Van Halen do baixo: Billy Sheehan. Vale conferir! Decisão tomada, uma rápida aula teórica com Funny, funny, funny Vibe. O Living Colour foi uma puta banda e nessa música ainda contava com o Muzz Skilings, outro grande baixista. Eu tive a oportunidade de assistí-los algumas vezes ao vivo mas não me esqueço de quando os vi no Palace (para mim essa coisa de Citibank, HSBC ou qualquer outro Hall não existe; esse sempre foi o Palace) e que estava tão cheio de gente e tanto calor, que o teto estava pingando! Outra vez em Los Angeles também pude assistir a uma jam com o Will Calhoun e o Vernon Reid; comentários em outra oportunidade, mas é claro que foi espetacular. Depois de uma aula completa com tudo o que você precisa saber para um salto de paraquedas, é hora de se trocar e ficar contemplando os profissionais dobrarem os paraquedas, tarefa mais importante de todas pois a abertura ou não do paraquedas depende disso. Clutch na caixa! Um som bem pegado e tenso mas muito cheio de energia e groove. Tenho que confessar que se pudesse escolher uma palavra para o momento, essa seria: tensão. O relógio de Time desperta. Tudo pronto e o clima da bateria do Nick Mason é perfeito antes de embarcar no avião que nos levará a uns 3.500 metros de altura. A introdução de Time poderia ser uma paisagem para um quadro, tamanho é o clima que gera. A letra, tudo a ver com o momento: "ticking away the moments that make a dull day". Tenho tanto para falar sobre cada frase dessa música ..."and you run and you run to catch up with the sun but it´s sinking. racing around to come up behind you again. the sun is the same in a relative way, but you´re older. shorter of breath, one day closer to death". Alguns podem olhar o lado pessimista dessa estrofe; eu já acho que é um grande incentivo a curtir a vida. Os dias passam! Decolando ao som de Russian Circles, que, apesar do nome, é um trio americano. Uma banda fora do mainstream mas realmente fantástica; altíssimamente recomendável. Ganhando altura e a música vai ganhando corpo e peso. Que combinação perfeita. Saindo do som elaborado e impressionante do trio americano para a crueza e a infindável energia e atitude do Ramones: agora vamos! Tô pronto! Quando olho para fora, uivo como o Ozzy em Bark at the Moon. O Jake E Lee assumiu um papel bastante difícil ao substituir o Randy Rhoads mas mandou muito bem! O Metal, conforme a iminência do salto chega, dá licensa mais uma vez ao Floyd. Toda minha vida quis saltar ao som de Learning to Fly; na verdade, saltar no exato momento em que o cara salta para seu vôo na música aos 2:44 minutos: "Above the planet on a wing and a prayer, My grubby halo, a vapour trail in the empty air, Across the clouds I see my shadow fly out of the corner of my watering eye". Uhuuuu; o paraquedas abriu exatamente em: "There's no sensation to compare with this, Suspended animation, A state of bliss". Na segurança do vôo com o paraquedas aberto, ouço os primeiros acordes de Shine on You. Eu sei que esta é a terceira música do Pink Floyd na lista, mas não sabem o esforço que fiz para que não fossem todas as 12, músicas do Pink. A paisagem lá embaixo é fantástica e a guitarra do Gilmour é o complemento ideal para o momento. Depois de mais de 13 minutos, onde a andrenalina volta aos níveis normais, aparece o Hendrix com Angel, que veio do céu para resgatá-lo um dia desses. Essa foi a última música que incluí na lista mas, quando finalmente a "encontrei", tive a clara sensação de que a lista estava enfim completa. O Hendrix deu a liga que finalmente faltava. O pouso foi tranquilo e já em solo, com o sol de verão iluminando o começo da tarde, o Satriani começa com a Summer Song. Essa música resume bem toda a experiência: muita energia, adrenalina, emoção.
That´s all folks!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pilotar um Camaro SS V8

Sem querer, acabou que tive a sorte de ficar por uma semana com um Camaro SS 2011! Sem palavras para descrevê-lo ...


Minha sugestão para começar em alto estilo essa fantástica experiência:

1.
2. Aerosmith - Sweet Emotion
3. the Doors - LA Woman
4. Jamiroquai - Cosmic Girl
5. Deep Purple - Highway Star
6. Linkin Park - Numb
7. Van Halen - Dreams
8. Journey - Separate Ways
9. Heart - If Look Could Kill
10. Metallica/Thin Lizzy - Wiskey in the Jar
11. Megadeth - Symphony of Destruction
12. Rage Against the Machine - Killing in the Name
13. Pantera - Cowboys from Hell
14. Steve Vai - For the Love of God

Não. Não é um erro. A primeira música é na verdade ... o som desse V8. Espetacular!!! Uma viagem dessa tem que começar por ouvir o som dessa máquina. Depois de curtir muito o som desse motor, o Aerosmith começa com Sweet Emotion. O baixo hipnótico e a levada dessa música são perfeitos para manter a velocidade de cruzeiro e com ela o sorriso na cara (aliás, é bem difícil tirá-lo do rosto). O som do Doors tem tudo a ver com esse cruzeiro ao sol. Ao gravar essa música o Jim Morrison já estava péssimo; a voz do cara estava uns dois 2 tons a baixo do início da carreira, mas a atitude era a mesma de sempre (já repararam num grito que ele dá no meio da música, totalmente desafinado). O Oliver Stone retratou a banda maravilhosamente bem; as cenas do filme vão passando pela minha cabeça enquanto mantenho velocidade constante. Claro que nesta seqüência não poderia faltar o Jamiroquai. Grande músico, grande colecionador de carros, o JK. Me imagino perseguindo as duas Ferraris (uma preta e uma vermelha) e a Lamborghini (roxa metálica) do clipe da Cosmic Girl. Isso faz com que o pé fique mais pesado ... mais animado. Eu imagino que muitos podem estar dizendo que Highway Star agora é muito clichê; sabem o que eu digo? Também acho! Mas está perfeita aqui porque "nobody´s gonna take my car ...". O Machine Head inteiro é fantástico; Gillan, Blackmore e companhia estão no auge (aliás, eu sou um dos infelizes que não viram o Purple no Olímpia - o Blackmore deu pití e tocava atrás dos PAs e no vocal, o Joe Lynn Turner). É muito difícil ouvir uma música só; uma vez eu li que o Machine Head era a mãe dos riffs de guitarra. Não era exagero. O Linkin Park pode parecer coisa de moleque mas a energia que os dois vocais transmitem na música e a pegada das guitarras transmitem uma energia condizente com a cavalaria do motor Chevrolet. Sem medo de ser feliz, o Van Halen entra com o teclado de Dreams acompanhado do Alex e então, o "novo" vocal do Sammy Hagar. Essa música é um verdadeiro perigo na estrada pois é impossível controlar a velocidade do carro: we´ll get higher and higher, straight up we´ll climb ... leave it all behind. Aqui cabe uma pequeno aparte: eu gosto sim do Van Halen do Sammy e também gosto do Dave Lee Roth; são duas bandas fabulosas e ponto final (tive a oportunidade de vê-los em Atlanta em 2008 com o Dave Lee Roth; uma das coisas para se fazer antes de morrer); não tem melhor nem pior. São apenas diferentes. Seguindo o espírito de "dar final" no carro (só o espírito pois não tive coragem para tanto), emplaco duas músicas no mesmo estilo de energia de Dreams: Journey e Heart. Hollywood é o sucesso, diria. o Journey vem aí para um show em SP. Vi em DVD esse novo vocalista e o cara não decepciona nada; muito pelo contrário. Vale a pena conferir. E o Heart? Banda de rock de mulheres sempre teve que passar por cima de preconceitos mas elas conseguiram ocupar um espaço super-restrito junto com a Joan Jett, Lita Ford etc. Hoje, com 60 anos, não são exatamente mais umas gatinhas, se é que me entendem. Entrando agora mais no rock´n roll, começa a rolar Wiskey in the Jar. Eu aqui listei a versão do Garage Inc do Metallica porque acho que ficou ótima, mas em homenagem ao Gary Moore, que morreu na semana passada, vou trocá-la pela versão do Thin Lizzy. Grande guitarrista o Gary Moore. A jam session no céu tá ficando espetacular. Metallica? Então lá vem o Mustaine. Adoro o riff dessa música. Headbanger. Não me esqueço de quando conseguimos um backstage de última hora para o Monsters of Rock no Pacaembú e chegamos na pista no exato minuto que o Megadeth estava começando a tocar Symphony of Destruction. Estavam esperando nós chegarmos! Muito cuidado agora, pois com o jeitinho meigo do Zakk de la Rocha e do Phil Anselmo, tudo pode acontecer. Desde resolver não mais fazer curvas como gritar com todos os que forem ultrapassados. Nada como o RATM e o Pantera para soltar os bichos, acelerar fundo e então, de alma lavada (e aquele sorriso imbecil ainda no rosto), viajar nos acordes celestiais do aluno mais aplicado do Satriani.  O Vai disse que ficou não sei quantos dias sem comer para poder compor essa música; para que ela tivesse sentimento. De fato, sentimento é o que não falta aqui.

Aqui vai chegando o final de mais essa viagem. Espero que tenham se divertido tanto quanto eu me diverti. Confesso que eu ia colocar na Rock´n´list a música Crossfire do imortal Stevie Ray Vaughan mas eu me lembrei da primeira vez que ouvi essa música e desisti de fazê-lo. Me explico melhor: estava eu no Monza hatch 83 da minha mãe ouvindo rádio (Rio de Janeiro com equalizador Tojo) quando começou a tocar Crossfire. Fiquei louco e tive que estacionar o carro na República do Líbano para poder prestar atenção na música e no que o SRV estava fazendo, portanto para evitar colisões, preferi não incluí-la nessa Rock´n´list mas seguramente aparecerá em outras.

Abs a todos

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Chivas 18 anos cowboy

Vou começar meu blog montando uma Rock´n´list para tomar um Chivas 18 anos sem gelo. Parece um bom começo!



Minha sugestão seria (nesta ordem):
1. Rush - La Villa Strangiato
2. Judas Priest - Breaking the Law
3. Motorhead - Ace of Spades
4. Iron Maiden - Rime of the Ancient Mariner
5. Whitesnake - Ain´t No Love in the Heart of the City
6. Led Zeppelin - Whole Lotta Love
7. Scorpions - Big City Nights
8. Rainbow - Long Live Rock´n´roll
9. AC/DC - It´s a Long Way to the Top
10. ZZ Top - Gimme All Your Lovin´

Com um copo baixo de Chivas 18 sem gelo na mão, sento numa poltrona e ... toda a maestria do Rush começa a rolar. Como 3 caras fazem tudo isso? Tento batucar (ainda 100% sóbrio) mas o Neil Peart não repete 3 compassos seguidos! Sigo pelos quase 10 minutos da música me divertindo com a grande virtuosidade e fantástica harmonia deles. Aliás, o Chivas também é fantástico! O Judas começa e o espírito "easy rider" toma conta da session. Não, eu não gosto de motos nem nunca usaria aquelas roupas de couro do Rob Halford, mas é rock´n´roll de atitude. Ouvir o British Steel completo não seria uma má idéia nesse momento. O Chivas já vai mais da metade e o peso do Motorhead cai como uma luva. A sujeira do Lemmy (mais um rostinho meigo na cena rock´n´roll) é a alma do som. Lembro dele declarando na Rolling Stone que:  "Se você baixou música do Motorhead sem pagar, então me deve dinheiro"; que medo! hahaha. Rime of the Ancient Mariner ... quase 15 minutos de música; 5 músicas numa só. A capa do Powerslave também era um show. Que saudades dos LPs agora. Pegar aquelas capas gigantes e ficar curtindo o som e descobrindo tudo o que Derek Riggs desenhou ali era simplesmente fantástico. A essa altura, o copo já esvaziou, então um blues do Whitesnake para fazer um refill do Chivas. Como diz um grande amigo meu: "O Coverdale pega mulher pelo telefone. A voz do cara é incrível!". É a mais pura verdade! E o cara vive chorando pelos cantos como se um dia faltasse alguma mulher menos que espetacular para ele! Em outro post vamos fazer as contas de quantas mulheres ele já agarrou. De volta à poltrona, Jimmy Page entra em cena. Que som de guitarra! Que riff! Whole Lotta Love é fantástica hoje; imagine só o impacto que ela causou quando apareceu em 1969. Com o som diretamente na minha frente (e alguns goles mais de Chivas), estou passando da direita para a esquerda e de volta à direita seguindo os gemidos do Plant. Uau!!! A retomada da música empolga qualquer um!!! E por falar em empolgação, penso em ficar de pé, cantando ao lado do Klaus Meine no Rock in Rio de 1985. Aliás, vai ter show do Michael Schenker por esses dias. O Dio se foi mas suas músicas são imortais. Long Live Rock´n´roll é um clássico do Rainbow; Vida Longa ao Rock´n´roll! E eis que vem o Bon Scott (outro que já se foi) com uma música que costumo dizer, poderia rolar por umas 2 ou 3 horas numa jam que ninguém ficaria de saco cheio. É muito boa pois te dá a plena convicção de que poderia ser você ali tocando com os caras (achar que pode tocar a guitarra do Angus é um pouco demais mas ... o blog é meu!). Na última cena do filme Escola de Rock, o Frank Black toca essa música com uns meninos e meninas e é muito legal. Vale a pena ver esse filme num sábado a tarde. Último gole de Chivas e o trio mais divertido do rock arranca com seu hot rod vermelho. Essa Gimme All Your Lovin´ (and all your hugs and kisses too) é muito alto astral; fecha com chave de ouro essa primeira viagem. O Hendrix uma vez falou que o Billy Gibbons era um dos melhores jovens guitarristas do mundo. Todo mundo diz que ele é igual ao Dusty Hill (baixista), mas com uma barba daquele tamanho, óculos escuros e chapéu eu também sou parecido com o Brad Pitt!
That´s it, my friends! Espero que tenham se divertido! Suas opiniões sobre essa playlist, o que você poria ou tiraria são o grande complemento desta brincadeira. Vocês também podem sugerir temas para gerar playlists.
Hasta la vista, babys.